Ministro da Educação nos governos Lula e Dilma, o pré-candidato do PT a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, atacou nesta quarta-feira (6) a gestão do setor no governo Fernando Henrique Cardoso, que apoia seu adversário José Serra (PSDB) na eleição municipal.
Haddad criticou a gestão FHC após ser questionado sobre a greve que paralisa 51 das 59 universidades federais.
"Eu duvido que alguém tenha saudade dos tempos de Fernando Henrique Cardoso", disse o petista, depois de visitar a sede da associação que promove a Parada Gay, no centro.
Haddad reagiu a nota do presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), que o responsabilizou pela greve nas universidades e disse que ele deixou uma "herança maldita" para o sucessor, Aloizio Mercadante (PT). O petista disse ter deixado o MEC há cinco meses e fez críticas à gestão da educação na prefeitura sob Gilberto Kassab (PSD), outro aliado de Serra.
"Eu me solidarizo com os 20% de estudantes que ainda não receberam uniforme escolar em São Paulo", afirmou Haddad. "O PSDB deveria estar preocupado com o estado da educação em São Paulo, que é muito grave."
Quando Kassab ensaiava apoiar o pré-candidato do PT, seu então secretário de Educação, Alexandre Schneider (PSD), era um dos mais cotados para ser o vice de Haddad.
O petista disse ainda que não vê motivação eleitoral na greve.
"Eu respeito muito os trabalhadores da educação e entendo que o sindical esta no seu papel de defender os interesses da categoria. Não vou adotar a prática do PSDB de a qualquer movimento de trabalhadores criminalizar da maneira como eles fazem", afirmou Haddad.
"Eles sempre tiveram um viés antissocial e antinacional, e são fieis a este viés em todas as oportunidades. Então não vou adotar essa prática [de criticar os grevistas], que não está no nosso DNA."
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